Nós,
seres humanos, temos por hábito falar sem pensar, questionar tudo o que nos
acontece, resmungar pelas fatalidades que nos vão acontecendo. No entanto, nem
sempre conseguimos estar alerta, nem sempre prestamos atenção ao que nos rodeia
e, por isso, acabamos por ser surpreendidos.
Ao
longo da nossa vida, vão-nos questionando acerca dos mais variados assuntos e
nós, como excelentes aprendizes que somos, habituamo-nos a ter respostas
programadas, já idealizadas para determinado assunto, mesmo quando não passam
de meros aforismos, frases feitas, vazias de significado ou de conteúdo,
consoante a perspetiva.
Acredito
que algumas pessoas têm o dom da palavra, o dom de tocar no nosso íntimo,
puxando uns cordelinhos invisíveis, como se nos tornássemos, repentinamente, em
patéticas marionetas que perdem os reflexos por se quebrar um dos fios que
permitem todas as reações.
Existem
perguntas que nos fazem pensar naquilo que somos, naquilo que queremos para o
futuro: permitem-nos reflectir sobre aquilo a que chamaríamos essência. No entanto,
esta reflexão não é simples.
Perguntaram-me,
um dia, se eu era feliz. Afinal, o que é a felicidade? É incrível como uma
simples palavra encerra um segredo tão complexo, tal como o encontro comigo
própria. Sim, talvez seja feliz – mas só percebi tudo isto quando comecei a aceitar
que a vida nos pode sorrir. E, sem dúvida, sorri mesmo. Incondicionalmente. Basta
acreditar e sorrir com ela.
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