Eu
não quero mais nada. Não peço mais nada a ninguém. Deixo-me de exigências. Não vou
imaginar mais episódios que depois nunca acontecem como eu os escrevo. As palavras
desvaneceram-se com o tempo. Tornaram-se invisíveis.
No
entanto, eu avanço num passo sincronizado pelos ponteiros do relógio.
Avanço
pelo ritmo de uma melodia desconhecida, que me baralha e me hipnotiza.
Continuo
um caminho desenhado por tudo e todos, excepto por mim.
É
a vivência de uma nada que se torna tudo. Um perfeito vazio que nos tolda a
alma. Uma recordação do que já lá vai.
Ironia do destino. Não. Acto dos Homens.
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